dezembro 02, 2012

Entrevista com Bela Lugosi




Eu sou Núbia Poison e nosso entrevistado de hoje é uma lenda dos filmes de terror e uma das maiores celebridades do cinema americano:
Sem delongas, Bela Lugosi! Meu vampiro preferido...
... Mr. Lugosi, sua carreira foi construída por interpretações marcantes da personagem “Conde Drácula”. De onde vinha sua inspiração para esse papel?
Pode me chamar de Bela... Bom, além de ler várias vezes o original de Bram Stocker, eu nasci na Hungria! Sou muito próximo das origens do “conde Vlad”, respiramos o mesmo ar... Penso que isso me deu now how suficiente para interpretar esse papel tantas vezes e cair no gosto do público.
Claro que sim! O senhor é considerado um dos maiores atores europeus de Hollywood.
Percebo que o senhor está impecável! O que faz para parecer tão jovial?
Obrigado pelo elogio. Estive na Inglaterra e acabei de chegar de lá. Sempre que visito a ilha renovo minhas células... Aquele clima me faz muito bem. Estou há mais de cinco décadas na América e, às vezes, preciso respirar ares europeus... Está no sangue!
Literalmente Bela, literalmente...
Como é para o senhor fazer tantas versões e filmagens sobre o tema Drácula?
Menina vou te dizer uma coisa: Drácula nunca acaba! Afinal, vampiros não morrem... Mas, podem ser destruídos. O que acontece é que, depois de Mr. Hellsing, nunca mais ninguém tentou fazê-lo.
Nem o próprio Van Hellsing conseguiu destruir Drácula, pelo menos nos filmes da Universal e da Hammer, não é mesmo Bela?
Sim, nem ele conseguiu nos destruir!
Quando interpreto essa personagem entro num transe durante semanas... Vivo o papel intensamente, como nenhum outro ator e isso trouxe crédito à lenda mantendo-a mais viva do que nunca no imaginário popular.
Trouxe também crédito ao meu nome e a Universal. Até parece que, na concepção do livro, Bram Stocker já sabia que eu, um dia, cumpriria essa tarefa... De dar vida nas telas ao conde Vlad!
Posso, então, chama-lo de homem de sorte?
Não sei... Não sei se esse papel foi sorte ou maldição! Só sei que ele nunca acabará... Não reclamo e nem agradeço, só cumpri uma missão e tentei fazer bem feito.
O que sabemos, Bela, é que o cinema sempre revisitará essa obra tão sedutora... Ela é encenada desde o início do século XX e se adapta facilmente às novas gerações, aos desejos e anseios juvenis.
É, minha cara... Basicamente a lenda de Drácula atrai o público jovem e eu não sei o porquê disto.
Você trabalhou para a Universal durante muito tempo. Sei que rejeitou o papel de Frankenstein, dirigido por James Whale. Porque não quis fazer o monstro?
Simples, não havia roteiro para mim. Não havia falas, não conseguiria expressar sentimentos... Só havia maquiagens e grunhidos naquele papel. Não necessitava talento. Qualquer um poderia fazê-lo!
Recusei veementemente, e Karllof acabou aceitando. Foi ótimo para a carreira dele. Nós imortalizamos dois ícones do terror moderno: Drácula e Frankenstein!
Qual filme, ou estilo de filme que o senhor nunca fez, mas gostaria de, um dia, ainda poder fazer?
Adoro comédias e filmes com pitadas certas de ironia. Encenei “Vampire Over London” nos palcos ingleses... Era um papel dramático com situações inusitadas que beiravam o ridículo, era engraçado e me deixou saudades. Eu ria muito nos ensaios e gostava daquilo!
Qual foi seu papel preferido no teatro?
Hum... Na Hungria interpretei uma peça de Murnau. Havia marcas expressionistas no cenário e havia personagens muito peculiares... Gostei de trabalhar no roteiro, foi uma verdadeira oficina para mim.
Qual diretor o senhor mais aprecia?
Na América adorei trabalhar com Ed Wood, um diretor que trabalhava de maneira bem diferente. Ele não era convencional. Ele era... Era de um improviso mágico, acreditava em suas perspectivas, seus ideais e fazia tudo de uma maneira bem rudimentar. Mas, não sei se no futuro, com todo o acesso tecnológico e novas ferramentas de trabalho alguém vá se interessar pela sua obra. Os filmes terão muita potência!
Ah, Bela! Ed Wood sempre será um mestre! Comprei “A noiva do Monstro” num supermercado e já assisti várias vezes! Vocês estavam demais!
Adoro ver a cena em que o Dr. Vornoff hipnotiza a jornalista. Aquele jeito com as mãos...
Obrigado, tem que ter muita flexibilidade nos dedos, garota!
Para encerrar, deixe uma mensagem para seus fãs e leitores das Publicações Retinas News...
Bem, eu... Eu gostaria de agradecer ao Ed por acreditar em mim... Fiz meu último filme sendo dirigido por ele.
Para seus leitores eu digo: Leiam Bram Stocker! Aquilo sim é literatura de verdade!
E, para meus fãs... Quando eu morrer, me enterrem com a capa de Drácula! Meu filho, Bela Jr. sabe onde ela está guardada.





*Bela LugosiBéla Ferenc Dezsõ Blaskó (20/10/1882 - 16/08/1956)
*Entrevista concedida a repórter Núbia Poison no Holy Cross Cemetery em Culver City, California, EUA.
*Núbia Poison, integrante virtual e roadie dos Retinas Queimadas é jornalista das Publicações Retinas News.
*Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

junho 01, 2012

A noiva de Frankenstein


“O Castelo começou a desmoronar
Adeus, criatura, adeus
Dr. Pretorious não poderá lhe ajudar”
(R.I.P. 1935 – 1935)





Até onde posso chegar?
Preciso lhe dizer algo muito importante...
... Sua imagem está gravada em minha mente
Tão soturna, tão branca, tão convincente e desolada

Definitivamente gravada
O estereótipo da garota gótica perfeita
Perco os sentidos diante de ti, Valerie Hobson
Acenda as velas, apague a luz, preciso lhe tocar

Delicadamente costurada à mão, envolta em brancos tecidos
Descanse em paz eterna noiva de Prometheu
Jamais me esquecerei de sua expressão facial
Vamos iniciar a sessão...
... De cinema, em 1935 uma continuação da Universal



 
*A Valerie Hobson
(14/04/1917 – 13/11/1998)
 

março 26, 2012

UM DEBATE ETÍLICO SOBRE FAUSTO WOLLF E SUA OBRA


Lou Marciano James e Savok Onaitsirk no BCB debatendo sobre Fausto Wolff e outras personalidades.

*Estrelando:
Lou Marciano James e
Savok Onaitsirk

*Direção:
Marcio Medeiros

março 21, 2012

A cozinha de Núbia Poison



Eu não faço dieta!

Direção e fotografia: Lou Marciano James
*Música: Comida - Titãs

fevereiro 15, 2012

Vinyl Dressed


House of Vinnil em Ituverava SP, sob administração de
Luciano Douglas, apresenta:

Vinyl Dressed

Uma homenagem a:
T-Rex, The Clash, The Who, Raul Seixas, Mutantes, U2, The Beatles, Pink Floyd, Depeche Mode, Engenheiros do Hawaii, The Smiths, Front 242 e Bomb the Bass (cena House), The Cure, Led Zeppelin, Secos e Molhados, Estúdios Abbey Road e Elvis Presley.

Com:
Luciano Douglas e Lou Marciano James.

Direção e fotografia:
Marcio Medeiros.

fevereiro 05, 2012

Entrevista com Richard Ashcroft





Olá, boa noite Mr. Ashcroft
Boa noite minha cara, podemos ser rápidos?
Claro, vamos lá, Sir...

A imprensa britânica passou a chamá-lo de “Mad Richard” há uma década...
Como você lida com as informações a respeito de sua vida e do seu trabalho?
Não lido e nem ligo, deixo acontecer

Como foi a parceria inusitada com Jagger e Richards?
Bem, a letra de “Bitter Sweet Symphony” é um relato sobre meu passado junky
Ela foi colocada sobre um sample de “The Last Time” dos Stones...
... E, o sucesso da canção nos 90’s despertou a cobiça do Allen Klein mais uma vez
Então, tivemos que dar co-autoria aos caras

Só que todos os royalties foram para o Klein, correto?
Exato, aquele cara é a personificação do mal capitalista
Todos que usaram seus serviços foram de alguma forma, usurpados
E ele comprou as canções dos Rolling Stones por uma bagatela!
Isso só comprova que a vida é realmente uma ‘sinfonia doce-amarga’
Nascemos e morremos escravos do dinheiro

Você ainda acredita nas pessoas?
Muito pouco
Tenho dois bons amigos: Liam e Noel Gallagher
Foram eles quem me tiraram...
... Me desviaram da estrada onde todas as veias se encontram
Devo minha recuperação pessoal e artística a esses beberrões

Como você se descreve para os fãs e para os críticos?
Sou um milhão de pessoas diferentes
E sei que posso mudar quando quiser, sempre posso
Sempre posso tentar algo novo e recomeçar...
Só não mudo minha moldura, Mrs. Poison
Depois que purifiquei minha mente, sinto-me livre para trilhar caminhos que ainda não percorri

O The Verve vai voltar?
Ah, sobre o Verve...
... Posso dizer-lhe que estamos hibernados!
Mas, o caminho aéreo está livre
Não há ninguém cantando, tocando, compondo e nem gravando material agora

Muito obrigado pelas palavras Mr. Ashcroft
Foi sensacional tê-lo presente!
Obrigado, minha jovem, sabia que eu adoro as brasileiras
Elas são... São muito generosas!

*Entrevista concedida a Núbia Poison no Pub Camel em Londres em dezembro de 2008.
*Richard Ashcroft, nascido na Inglaterra, foi vocalista e compositor da banda britpop The Verve
*Núbia Poison, integrante virtual e roadie dos Retinas Queimadas é jornalista das publicações Retinas News.
*Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência